Já se disse, com muita propriedade, que Carl Hoepcke foi o homem mais moderno de Santa Catarina, em todos os tempos, inclusive os atuais.
Nascido em 1844, esse alemão de Striesa imigrou para o Brasil aos 19 anos, acompanhando a mãe e dois irmãos menores.
Estabelecido inicialmente na colônia Blumenau, logo se deslocou para Desterro, hoje Florianópolis, onde iniciou, em 1866, uma rica trajetória nos campos da indústria, do comércio e da navegação, estabelecendo as condições necessárias para a industrialização e o desenvolvimento do Estado de Santa Catarina.
Suas ações se estenderam pelas diversas regiões catarinenses e ultrapassaram as divisas do Estado. Graças ao seu tirocínio e espírito empreendedor, criou um dos maiores conglomerados empresariais do Sul do País. Contribuiu sobremaneira para o desenvolvimento de Santa Catarina, impulsionando o setor produtivo, através do fornecimento de implementos europeus de ultima linha para a agricultura e para o emergente parque industrial.
Criou a Empresa Nacional de Navegação Hoepcke – ENNH – e com ela distribuiu nos principais portos de Santa Catarina as sementes do progresso e da industrialização. Através dos navios da ENNH forneceu ao território catarinense – penetrando ao norte através de São Francisco do Sul e Joinville, ao sul através de Laguna, Tubarão e Araranguá e ao centro pelo saudoso porto de Desterro/Florianópolis – as máquinas e implementos necessários, levando as novidades comerciais e industriais e voltando com a produção agroindustrial, redistribuindo pelos
mercados consumidores do Estado e fora dele o produto do trabalho da nossa gente.
Teve também atuação marcante no campo social, colaborando com iniciativas culturais, esportivas e educacionais. Foi Cônsul Honorário da Alemanha por longos anos, prestando inestimáveis serviços à comunidade.
Sua primeira esposa foi Bertha Pirath, falecida prematuramente, com quem teve cinco filhos. Em segundas núpcias, casou-se com Anna Haendchen, de cuja união nasceram dois filhos.
Carl Hoepcke morreu em Florianópolis, como cidadão brasileiro, em 8 de janeiro de 1924.
- Carlos e Anna Hoepcke, com a filha Ruth na varanda de sua residência.
- Vista tomada da rua Conselheiro Mafra, onde aparecem edifícios das empresas Hoepcke. Em primeiro plano destaca-se a antiga sede da agencia Chevrolet, espaço hoje ocupado pelo Centro Comercial Aderbal Ramos da Silva (ARS). O edifício em segundo plano ainda se encontra no mesmo local.
- Lancha São Francisco, que tantos serviços prestou na costa junto à Ilha de Santa Catarin
- Nas águas revoltas da barra da Laguna, o pequeno vapor “Max” fez parte da sua história.
- Seção de empacotamento da Fábrica de Pontas.
- Trapiche e parte dos edifícios que abrigavam a filial da empresa Hoepcke de São Francisco do Sul, fundada em 1903.
- Vista do pátio da Antiga Escola Alemã de Florianópolis.
- Prédio da rua Felipe Schmidt, onde funcionou a Drogaria da Empresa Hoepcke.
- Antiga caldeira da Fábrica de Pontas.
- Navios de ENNH atracados em Florianópolis, em primeiro plano o Navio Carl Hoepcke.
- O iate “Annita”, construído no Estaleiro Arataca em 1944, singrando os mares da costa catarinense.
- Interior da Fábrica de Pontas (pregos) com as antigas máquinas e suas correias de transmissão.
- Vista da ponte Hercílio Luz, tomada da cabeceira insular.
- Carl Franz Albert Hoepcke naquela que é, possivelmente, uma de suas últimas imagens.
- O Navio Carl Hoepcke “descendo a carreira” do Estaleiro Arataca.
- O vapor “Anna” puxado no Estaleiro Arataca.
- O trapiche da Empresa Hoepcke com os três principais navios da Companhia – O Carl Hoepcke, o Anna e o Max. Os navios cumpriam roteiros regulares em toda a costa brasileira e, mais que isso, integravam a terra e a gente catarinense através de seus portos. Aparece ainda na bela e histórica imagem, o bravo rebocador São Francisco, que dava aos navios e grandes embarcações, suporte operacional para as chegadas e saídas do sempre saudoso porto de Florianópolis.
- Iconografia da velha Florianópolis, mostrando o conjunto de edifícios que compunham a antiga Fábrica de Rendas e Bordados, nos altos da Felipe Schmidt.